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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Discutir a relação é coisa de mulher...

 Discutir a relação é coisa de mulher. Se você concordou com essa afirmação é porque ainda não ouviu falar de Sócrates, o filósofo. O cara desafiou nossas versões subjetivas atrás de resposta para tudo. “O que é justiça?” Reconhece? Pois é. Então ele praticamente inventou a DR(a discussão de relação). Baita gol contra. Mas senta ai que eu ainda não terminei.
Com esse legado grego, agora cada palavra torta ou jogo de vôlei feminino na TV já merece um embate conjugal. Intima-se o parceiro a depor. É conversando que a gente se entende, não? Na teoria. Talvez se nossa sensatez não fosse tão relativa diante do problema -real, imaginário ou plantado.
Elas só querem desabafar, xingar e tremer o queixo. Eles, só provar que estão certos, a sagacidade dos argumentos no gatilho. Resultado? Volta ao redor da cama em 80 minutos - e onde bem poderia ser palco de interações mais gostosas. Para onde vamos? Sim, para a cama. Não é puxar brasa para o lado testosterônico, mas sexo é, sim, transmissão e sintonia. Lero-lero, nem sempre. Conhece-te a ti mesmo, ao outro, lavem louças juntos, troquem olhares, dancem colados, ofereçam cafuné e, o maior sacrifício de todos, transem muito. Transem almas, encaixem-se.
A comunicação muda é o verdadeiro astrolábio [ instrumento astronômico para medir a distância dos astros] da relação. Discutir é apontar o dedo, chantagear, isenta-se, insinuar débitos. O próprio Sócrates tentou desconversar - “Só sei que nada sei”. Enfim, o silêncio é sempre cúmplice do que não precisa ser dito.
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