A parte sul do Pantanal, um dos maiores patrimônios ecológicos do mundo, está no Mato Grosso do Sul. Entre outubro e abril, os rios enchem com as chuvas e o Pantanal alaga. Depois, quando os rios começam a secar, visitantes interessados na mistura única de bichos e vegetação invadem a região. Além disso, é no Mato Grosso do Sul que está o melhor destino do ecoturismo brasileiro: a região de Bonito, que inclui também o município de Jardim. São cachoeiras e rios de águas inacreditavelmente transparentes, onde os turistas se sentem mergulhando - e flutuando - em aquários gigantes.
A capital do Mato Grosso do Sul é Campo Grande e suas principais cidades são Corumbá, Aquidauana, Miranda e Porto Murtinho. O recém-reativado Trem do Pantanal sai de Campo Grande e vai até Miranda, em uma viagem de 11 horas, com escala em Aquidauana para o almoço. Para quem gosta de pesca, o turismo em Porto Murtinho é um dos melhores do Brasil. Em Corumbá, acontece o Festival Internacional de Pesca, em outubro.
Por que visitar Bonito
Este é o maior playground do ecoturismo brasileiro. E não só porque há cavernas sensacionais - como o Abismo Anhumas -, rios cristalinos e cheios de peixinhos, cachoeiras de impacto, lagos muito azuis. Mas porque praticamente tudo é preservado, com boa infra e acessível a vários perfis de viajantes. Dá para levar crianças e vovôs para as trilhas belíssimas na mata, feitas sobre passarelas de madeira. A flutuação padrão é feita com snorkel e roupa de neoprene, mas quem não quer entrar na água pode ver os peixes de dentro de barcos que acompanham o passeio, como no Rio Sucuri. E um novo projeto, o Economia da Experiência, do Ministério do Turismo e do Sebrae, tenta dar cor local às férias dos visitantes: quase 20 estabelecimentos foram certificados por realizar ações como a da pousada Chamamé, que organiza típicas rodas de tereré para os hóspedes, e a do hotel Marruá, que criou um quarto temático igual ao das fazendas tradicionais das redondezas.