Ex-governador de MT e MS, Pedrossian disse que o nome do Estado já estava definido como Campo Grande. No entanto, ele convenceu Geisel a mudar de ideia, para não desagradar os outros municípios sul-mato-grossenses. Pedrossian diz que os tempos são outros e que o nome do Estado deve ser escolhido pelos sul-mato-grossenses. Para ele, a alteração pode representar o encontro do Estado com a sua verdadeira identidade.
“Naquele tempo, dependia da vontade de um presidente. Podia ser A, B, C ou D, acabou sendo Mato Grosso do Sul, mas hoje temos um Estado com todos os órgãos funcionando”, afirmou. “Acho que essa identidade poderia começar com a mudança do nome”.
Pedrossian também revelou que era contra a divisão do Estado por acreditar que Mato Grosso do Sul ficaria com as terras menos férteis. “A divisão aconteceu e eu não posso dizer que fui a favor”, afirmou. Ironicamente, ele é o único homem a ter governado Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Na entrevista concedida a Andréa Barros e Nivaldo Mota, Pedrossian dá uma verdadeira aula de história ao falar da infância, dos sonhos, da frustração por não ter sido o 1º governador de Mato Grosso do Sul e das disputas políticas, mas também trata de temas muito atuais como a proibição de shows Expogrande por conta da Lei do Silêncio.
Conhecido pelas obras emblemáticas (consideradas faraônicas, à época), como o Parque dos Poderes (sede dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário) e o Parque das Nações Indígenas, Pedrossian foi logo dizendo o que faria diante do impasse sobre o local para as apresentações musicais. “Eu iria construir o maior parque de exposições do País”, disse.
O Programa Retratos da História com o ex-governador Pedro Pedrossian será exibido na próxima quarta-feira (2/3).
Fonte Jornalms
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